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O Professor Pardal das palavras

A palavra desvenda a nossa compreensão do mundo, trasmitida pela oralidade, cuja mensagem legamos às gerações pela sua representação gráfica. Pesquisando sobre a criação de palavra novas, percebi que algumas eram inventadas por escritores de várias épocas e nacionalidades. Não sabia, por exemplo, que o substantivo “robô” fora criado pelo escritor Karel Capek, da República Checa, cujo significado “trabalho escravo” definia o estilo de produção mecânico em seu livro “Rossum’s Universal Robots”, de 1921. Em 1941, Isaac Asimov a utilizou mais tarde e criou o termo “robótica”. Além deles, há outros autores como John Milton, que inventou a palavra “pandemônio” e imaginem, a expressão “massa cinzenta”, foi utilizada pela primeira vez por Agatha Christie, através do detetive Hercule Poirot. Há muitas outras como: “freelancers”, de Sir Walter Scott, “factoide”, de Norman Mailer, em 1973, “capacho” criada por Charles Dickens, “ciberespaço” por William Gibson, em 1982 e “beatnik”, por Herb Ca

Como se desenvolve a criação

Quando escrevo, procuro difundir ao máximo as ideias pertinentes à história que está sendo construída. Entretanto, os caminhos se diversificam e aos poucos, percebo que se algum preceito ou ponto de vista está na tentativa de ser disseminado, não passa desta etapa, porque a história segue um rumo quase determinado pelo crescimento ou não dos personagens. Nada de extraordinário, apenas uma reflexão no fazer literatura, que, via de regra, pensamos ter as rédeas do texto nas mãos, mas o conteúdo foge de acordo com a imaginação e criatividade. Na verdade, aí é que se dá a literatura, uma forma diferente de ver o mundo, de representar a realidade e não apenas mostrá-la com precisão jornalística. Às vezes, torna-se necessário a desconstrução do texto para produzirmos o tão falado estranhamento, que pode trazer ao leitor a reflexão do tema que tratamos. No entanto, a coisa deve surgir com naturalidade, sem acomodar muito a história a ponto de torná-la artificial. É preciso saber

MAESTRIA DE MATAR

Percorro este corredor repleto de livros e fico me perguntando se valeu à pena. É só por um momento, mas vez que outra me vem esta dúvida. Não sei, agora nos meus 81 anos de idade, pensando no passado, faria tudo de novo, do mesmo modo impensado, ou talvez excessivamente planejado. De qualquer maneira, sinto um vazio imenso, olhando para estas estantes cheias e sentindo o coração apertado, por não saber ao certo, se o que fiz dará frutos verdadeiros. Guardar livros, raspar o tacho das pesquisas, me parece uma coisa divina e ao mesmo tempo perigosa. Às vezes, podemos nos deparar com algum livro, que traga oculto em suas paginas um segredo terrível. Foi o que aconteceu comigo e que me levou a tantos devaneios. Agora, cansado, percorro estes corredores escuros e sinto uma ponta de orgulho, não fossem os fatos acontecidos, o peso da culpa e o medo de ser descoberto no final da vida. E se descobrirem que este amante dos livros, também amante da vida e das mulheres, foi um amant

QUAL SERIA O ACONTECIMENTO MAIS IMPORTANTE DA SEMANA?

Qual seria o acontecimento mais importante da semana? Talvez escolhêssemos no campo político, na economia, ou na área das ciências, da cultura ou mesmo nos assuntos cotidianos mais banais. Acho mesmo que aí está a resposta a nossa pergunta. Os assuntos banais, corriqueiros, comezinhos, que fazem parte de nosso dia a dia, sem grandes brilhos, oscilar das bolsas ou vultosos negócios. É ali, na nossa rotina que acontecem os grandes temas, as grandes manifestações de sentimentos, de sensações, de usufruir o que chamamos vida, existência, o estar no mundo. E estar é muito mais do que apenas viver, sobreviver, mastigar o dia pelas pontas, levando em conta as tarefas de roldão, sem pensar nelas, sem refletir os próprios comandos ou atividades. Faz-se tudo burocrático, organizado, produzindo caminhos iguais, onde trilhemos com segurança e precisão. Sentimos então o tempo passar rapidamente, porque nos acomodamos aos grandes acontecimentos, nos detemos nas grandes realizações e estas não ocorr