Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens com o rótulo azul

As cores de abril

“As cores de abril, os ares de anil, o mundo se abriu em flor. E pássaros mil, nas flores de abril, voando e fazendo amor.” O poeta Vinícius de Moraes identifica nestes versos, o início do outono, numa perspectiva de beleza e paixão, na qual a natureza tinge suas cores, dando voz à poesia. É abril que começa. É o outono que chega, a estação, a meu ver, mais suave e plena de matizes, cantos e poesia. Plenitude. Como se a paz reinasse por um período até chegar o inverno. O inverno, que para nós, gaúchos, em regra é rigoroso, em meio a ventanias e frio intenso. Entretanto, no inverno, resiste com grandeza a flor símbolo de nosso Estado, o brinco-de-princesa. Uma flor que vence as intempéries e justifica a sua resistência pela beleza que acolhe nossos jardins e praças. Uma flor que viceja durante todo o ano e tem a forma de um brinco, como os usados pela mulher gaúcha. Suas cores vão do azul, violeta, ao vermelho, branco e rosa, cujas nuances se mesclam aos coloridos

OS DEZ TEXTOS MAIS LIDOS NO MÊS DE NOVEMBRO/2015

1º - Comentários emocionantes sobre a crônica “Refugiados em seus sonhos”publicada em 04/10/15 2º - O doce bordado azul - 16º capítulo 3º - O doce bordado azul - 15º capítulo 4º - O doce bordado azul - 17º capítulo 5º - O elo do encontro 6º - Meu avô: existir é compartilhar 7º - Caminhos traçados 8º - Países que mais acessaram o meu blog nos mês de outubro/2015 9º - A calça comprida 10º - A velhinha do riacho Foto de Wilson Rosa da Fonseca

O DOCE BORDADO AZUL - 4º CAPÍTULO

Todas as terças-feiras e quintas publicarei capítulos em sequência do romance "O doce bordado azul". A seguir o 4º capítulo Capítulo IV Adágio Naquele momento, nem o escasso sol em Minsk, produzia algum indício de esperança para Bárbara. Tão inóspita quanto o clima era a sua alma perturbada e triste. Voltar para casa sozinha, sem o aconchego do parceiro, trazia-lhe à alma um vazio urgente, que seus olhos revelavam, assim perdidos na vidraça do táxi. Registrada na retina, ainda alguns poucos amigos se despedindo, falando entre si a tragédia inesperada, um zum-zum dos alunos que se espalhava, vozes abafadas comentando num linguajar alterado e despretensioso, como se ela não pudesse decifrar. O pouco que conhecia da língua russa, permitia-lhe entender o que comentavam. Observou que o taxista falava sobre a proximidade do verão, mas não comentou nada. Deixou-se ficar quieta, quase imóvel. O homem a fitou pelo retrovisor e calou-se, também pensativo. Quando chegou no quar