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NOITE FELIZ

Noite feliz Meu avô, lembras, das noites natalinas, à espera daquela consagrada a Ele? Lembras das carruagens enfeitadas com luzes, em cenários enluarados, onde fogos riscavam céus e nossos olhos encantados nos anjos vestidos de gente? Lembras das tuas frases curiosas, tuas histórias brilhantes, teu afago em meu peito, enquanto seguravas firme a minha mão, assim, pequena, na tua tão grande? Mão de avô, firme, forte, segura. Lembras? Não, não mais lembras e se o fazes, deve ser de uma maneira diferente em que as lembranças ecoam contagiadas da mesma alegria anterior, sem esta melancolia que me atinge. Talvez não haja mais passado para ti, nem futuro. Só o presente em que me acompanhas de longe, inspirando-me melodias e poemas, que inventas sem que eu perceba, para que seja feliz. És bem capaz disso. Teu coração sublime, tua verdade inabalável. Tuas histórias em que me incluías ao lado de cada herói, de cada passagem vibrante, onde a vida brotasse plena em nossas mãos