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Pessoas simples são mais felizes?

Outro dia, estava no ônibus rumo a Porto Alegre e ouvi uma conversa no banco da frente. Tratava-se de um senhor de uns 60 anos e de um rapaz que aparentava 30 anos. Na verdade, a idade não importa muito para o que vou dizer, apenas qualifica a diversidade de pontos de vista, por serem de gerações diferentes. Falavam entusiasmados em futebol. E olha, que não se declinavam em regras ou presumíveis mudanças nas posições de jogadores, dos times dos quais falavam. Comentavam com uma ingenuidade assombrosa sobre o estilo de vida dos jogadores citados. Falavam do modo como encaravam a vida, do dinheiro que possuíam, das festas e viagens que participavam e mais do que isso, davam palpites em suas maneiras de organizar o orçamento e sua vida particular, como se fossem íntimos dos atletas. Concordavam com o salário milionário que recebiam e discutiam se fulano ou beltrano deveria ganhar mais. Depois de algum silêncio, engataram outra conversa. Agora satisfeitos com o desenrolar do programa

Onde chegará o homem?

Não gosto de comentar notícias policiais, muito menos ficar dissecando as informações, investindo em cada detalhe e transformar o fato numa dramaturgia barata. Mas às vezes, a realidade dura nos obriga a pelo menos refletir e sofrer as consequências da falta de humanidade. O bebê baleado no útero da mãe e que não resistiu e acabou morrendo, em Caxias, na Baixada Fluminense vai contra qualquer percepção de realidade, como se o surrealismo ou a ficção concentrasse seus valores em nossa realidade. Como não se comover, como não sentir na pele o arrepio da dor e do medo ao assistir um fato tão doloroso. Isso apenas citando dois fatos, embora ocorram diariamente todos os tipos de assassinatos e perdas terríveis ao povo brasileiro. Como acreditar na humanidade e imaginar que ainda há futuro? Quando vemos nossos filhos longe, ficamos com o coração na mão e quando estão perto permanecem em total abandono, porque as balas perdidas não são excessões, ao contrário, são a regra em muitos recanto